Onda de refugiados venezuelanos e cubanos atinge níveis alarmantes no Brasil

Aumento significativo de refugiados no Brasil, com predominância de venezuelanos e cubanos. Dados revelam perfil demográfico e regional dos refugiados, destacando a necessidade de apoio e assistência.

Onda de refugiados venezuelanos e cubanos atinge níveis alarmantes no Brasil

O Brasil está testemunhando um aumento alarmante no número de refugiados, com venezuelanos e cubanos liderando o contingente. No ano passado, o governo brasileiro reconheceu um total de 77.193 novos refugiados, conforme dados divulgados pelo Observatório das Migrações Internacionais (OBMigra), vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Surpreendentemente, 97,5% desses refugiados eram migrantes vindos da Venezuela, enquanto os cubanos representavam 1,2%.

O relatório do OBMigra revelou que, até 2023, o número total de pessoas refugiadas no Brasil atingiu pelo menos 143.033, representando um aumento significativo de 117,2% em comparação com o ano anterior.

No que diz respeito ao perfil demográfico, os homens constituíram a maioria dos refugiados reconhecidos pelo Brasil, representando 51,7% do total, enquanto as mulheres representaram 47,6%.

Em relação à faixa etária, mais de 44,3% dos refugiados eram crianças, adolescentes e jovens com até 18 anos de idade. Tanto homens (35,4%) quanto mulheres (37,2%) estavam concentrados na faixa etária inferior a 15 anos.

O aumento no número de refugiados no Brasil reflete a crise socioeconômica e política em várias regiões do mundo, especialmente em países ditatoriais. Refugiados são pessoas que deixam seus países de origem devido a perseguições por motivos de raça, religião, nacionalidade ou opiniões políticas, buscando proteção legal internacional.

Historicamente, o Brasil tem recebido um número crescente de pedidos de refúgio, com um aumento significativo de 8.273 solicitações em 2023 em comparação com o ano anterior.

As regiões Norte e Sudeste do Brasil foram as que registraram o maior número de solicitações de refúgio, seguidas pelas regiões Sul e Centro-Oeste. Estados como Roraima, Amazonas e Acre lideraram os pedidos de refúgio, enquanto São Paulo recebeu solicitações de uma variedade de países além da Venezuela e Cuba.

Diante desses números impressionantes, é evidente que o Brasil desempenha um papel crucial no refúgio para aqueles que encontram-se em situações desesperadoras em seus países de origem. O desafio agora é garantir que esses refugiados recebam o apoio e a assistência necessários para reconstruir suas vidas em um novo país.

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Por Ji-Paraná News