Por que um Procedimento Proibido em Animais é Permitido em Bebês Humanos?

Decisão controversa do ministro Alexandre de Moraes revoga a proibição da assistolia fetal, permitindo o procedimento até o nono mês de gestação, apesar dos riscos e complicações para mãe e feto, levantando questões éticas e médicas.

Por que um Procedimento Proibido em Animais é Permitido em Bebês Humanos?

Ji-Paraná, 5 de junho de 2024 - Uma decisão controversa tomou conta das manchetes nacionais: apesar da proibição pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) da assistolia fetal em gestações acima de 22 semanas devido ao grave sofrimento imposto a um bebê viável, o ministro Alexandre de Moraes revogou esta determinação, permitindo o procedimento para qualquer estágio da gestação, até o nono mês.

A assistolia fetal, que provoca a parada cardíaca do feto através da injeção de cloreto de potássio diretamente no coração, é considerada um procedimento cruel e doloroso para o bebê. O cloreto de potássio causa uma sensação intensa de queimação antes de induzir a parada do coração. Após o procedimento, o parto ainda ocorre por via vaginal ou cesariana, mas ao invés de um bebê vivo, a mãe dá à luz um cadáver.

Além do sofrimento fetal, o procedimento pode causar graves complicações de saúde para a mãe, incluindo infecção, hemorragia e ruptura uterina, podendo ser fatal. Também há um aumento do risco de perda fetal ou parto prematuro em futuras gestações, devido a danos ao colo do útero.

Controvérsia e Opiniões

A decisão de Alexandre de Moraes gerou uma onda de debates e indignação. A assistolia fetal, se proibida até mesmo em animais devido à sua natureza dolorosa, levanta questões éticas quando aplicada em bebês humanos. A opinião pública está dividida, e muitos questionam a humanização e os direitos do feto.

“É inadmissível que um procedimento tão cruel seja permitido em seres humanos quando é proibido em animais. Isso revela uma grave falha em nossos sistemas de proteção à vida,” comentou Maria Santos, defensora dos direitos dos bebês.

Por outro lado, alguns defendem a decisão, argumentando que pode haver casos médicos extremos que justifiquem a realização do procedimento. “Cada caso deve ser analisado individualmente, e em alguns casos, pode ser a única opção viável para preservar a saúde da mãe,” afirmou o Dr. João Pereira, obstetra.

Riscos e Procedimentos

Especialistas alertam que a assistolia fetal pode levar a complicações sérias. Após a administração de mifepristona, que bloqueia a progesterona e causa o desprendimento do revestimento do útero, o misoprostol é utilizado para causar contrações e esvaziar o útero. Este procedimento é geralmente realizado em hospitais devido aos riscos envolvidos.

Comentário da Dra. Patti Giebink

Dra. Patti Giebink, ginecologista obstetra certificada, destaca a gravidade da decisão: “Permitir um procedimento tão invasivo e doloroso em estágios avançados da gestação é um retrocesso nos direitos humanos. Precisamos repensar a ética e a humanidade de nossas práticas médicas. A assistolia fetal não deveria ser uma opção viável em nenhuma circunstância, especialmente considerando os riscos severos à saúde materna.”

Conclusão

A decisão de liberar a assistolia fetal até o nono mês de gestação abre um precedente preocupante e levanta questões éticas profundas. Qual é a sua opinião sobre a assistolia fetal? Deixe seus comentários abaixo e arraste para o lado para ver como o procedimento é realmente executado.

Fonte: Jornalbsm