VÍDEO: Lula se refere a bebê concebido por estupro como "monstro" e Planalto manipula o conteúdo
Gleisi Hoffmann compartilha vídeo editado de entrevista de Lula sobre aborto na rádio CBN.
Na última terça-feira (18), durante uma entrevista à rádio CBN, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se viu no centro de uma controvérsia após suas declarações sobre o tema do aborto. O vídeo da entrevista, divulgado por Gleisi Hoffmann, presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), em sua conta no Instagram, gerou polêmica devido a uma possível edição que omite parte das declarações de Lula.
No trecho compartilhado por Hoffmann, creditado como do Canal Gov, não consta a parte em que Lula se refere ao bebê concebido após estupro como "monstro". Esta omissão levanta questões sobre a manipulação do conteúdo original da entrevista, destacando-se a presença da marca d’água do Canal Gov no vídeo editado.
Durante a entrevista, Lula discutiu o projeto de lei que criminaliza o aborto após 22 semanas de gestação, equiparando-o a homicídio. Ele enfatizou que, embora seja pessoalmente contra o aborto, enquanto chefe de Estado tratou o assunto como uma questão de saúde pública, argumentando a favor da descriminalização para evitar mortes decorrentes de abortos clandestinos.
O ex-presidente provocou ao questionar como o autor do projeto, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), reagiria se sua própria filha fosse vítima de estupro e engravidasse. Essa abordagem trouxe à tona o debate sobre os direitos das mulheres em situações de violência sexual e o papel do Estado na proteção desses direitos.
Em meio a críticas e apoios, Lula reiterou que o tema do aborto não deveria ter prioridade no atual debate político e social do Brasil, sugerindo que há questões mais urgentes a serem enfrentadas pela sociedade.
A divulgação seletiva do vídeo pela presidente do PT, sem o trecho completo da entrevista, levantou críticas sobre a transparência na apresentação das opiniões do ex-presidente sobre um assunto tão sensível e importante para a legislação e os direitos das mulheres no país.
Esta controvérsia certamente continuará a gerar discussões acaloradas nos próximos dias, à medida que políticos, ativistas e cidadãos debatem sobre os limites do direito à informação e a ética na divulgação de conteúdos públicos.
Fonte: Pleno News
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Por Ji-Paraná News