Wilson Neves Entregou ao Ministério Público Roteiro com Grito de Guerra: Isaú Fonseca pode ser impugnado
Segundo o próprio coordenador de comunicação o grito de guerra já era previsto no evento que é pivot de pedido de impugnação de candidatura
O escândalo político em Ji-Paraná acaba de ganhar contornos ainda mais graves. Wilson Neves, Coordenador de Comunicação Social do Gabinete do Prefeito Isaú Raimundo da Fonseca, entregou ao Ministério Público Eleitoral (MPE) um documento que pode selar o destino político do prefeito. Neves revelou que o grito de guerra “Ai Ai Meu Preto”, entoado pelos socorristas do SAMU durante a inauguração de uma unidade na cidade, estava incluído no roteiro oficial do evento, conforme planejado.
Essa revelação é uma bomba nas mãos da Justiça Eleitoral. O grito, que foi usado para enaltecer a figura do prefeito em plena campanha eleitoral, não foi uma expressão espontânea dos socorristas, mas sim uma estratégia previamente planejada. Ao entregar o roteiro, Neves não apenas confirma a existência de um plano deliberado para promover Isaú, mas também coloca o prefeito em uma posição quase indefensável perante as acusações de abuso de poder político.
O documento entregue por Neves é uma evidência clara de que a inauguração do SAMU foi utilizada como palanque eleitoral. Isaú, em vez de se limitar a celebrar a entrega de um serviço essencial à população, optou por transformar o evento em uma ferramenta de autopromoção, utilizando servidores públicos para alimentar sua campanha. Esse tipo de manobra não só viola as normas eleitorais, como também fere profundamente a ética que deveria nortear a atuação de qualquer agente público.
A colaboração de Wilson Neves com as investigações do MPE pode ser interpretada como uma tentativa de mitigar sua própria responsabilidade, mas também expõe a seriedade das irregularidades cometidas. A inclusão do grito de guerra no roteiro oficial elimina qualquer dúvida sobre a intencionalidade das ações de Isaú e reforça a acusação de que ele usou a máquina pública para obter vantagem eleitoral.
Agora, cabe à Justiça Eleitoral analisar essas novas provas e decidir o futuro do prefeito Isaú Raimundo da Fonseca. Se condenado, ele poderá enfrentar a cassação de seu mandato e a inelegibilidade por oito anos, o que representaria um duro golpe em sua carreira política. Para Ji-Paraná, este caso é um alerta sobre os perigos do uso indevido do poder e da manipulação de recursos públicos para fins pessoais.
O escândalo envolvendo o grito de guerra “Ai Ai Meu Preto” é mais do que uma simples infração eleitoral; é um sintoma de uma cultura política que precisa ser urgentemente combatida. A revelação de Wilson Neves é um passo importante para trazer à luz a verdade e garantir que os responsáveis sejam devidamente punidos.