Lula, que critica deportações dos EUA, entregou atletas à ditadura de Cuba

Lula, que critica deportações dos EUA, entregou atletas à ditadura de Cuba

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem demonstrado indignação com os recentes casos de brasileiros deportados dos Estados Unidos, mas seu histórico revela um episódio ainda mais grave: em 2007, seu governo deportou à força dois boxeadores cubanos que pediam asilo no Brasil.

Durante os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, os atletas Guillermo Rigondeaux (26 anos) e Erislandy Lara (24 anos) abandonaram a delegação cubana e solicitaram refúgio no Brasil, sonhando em se tornar profissionais e escapar da opressão da ditadura de Fidel Castro, regime amplamente bajulado por Lula.

No entanto, em vez de conceder abrigo aos esportistas perseguidos politicamente, o governo petista promoveu uma verdadeira caçada, localizando-os na cidade de Araruama (RJ), e os entregou à polícia política cubana.

Deportação cruel e vergonhosa

A justificativa oficial do governo para a deportação foi que os atletas estavam “sem documentos”, pois seus passaportes haviam sido retidos pelo próprio regime cubano. A decisão foi amplamente criticada por organizações de direitos humanos e por setores da imprensa, que classificaram o ato como cruel e covarde.

A deportação gerou revolta internacional, pois os boxeadores foram devolvidos contra a própria vontade a um país onde dissidentes políticos são perseguidos, presos e, em muitos casos, mortos.

Dois pesos, duas medidas?

O episódio de 2007 contrasta com a postura atual de Lula, que tem condenado a forma como os Estados Unidos deportaram brasileiros, alegando que foram tratados de maneira “desumana”. No entanto, sua própria gestão não apenas deportou dissidentes políticos cubanos, como os entregou diretamente a uma ditadura opressora.

O caso dos boxeadores cubanos evidencia a hipocrisia do governo petista, que, ao longo dos anos, demonstrou seletividade em sua suposta defesa dos direitos humanos, dependendo de quem são os envolvidos e do alinhamento político dos regimes em questão.