Documentos internos revelam que fabricante do Tylenol admitiu risco de autismo ainda em 2018

A Daily Caller News Foundation teve acesso a documentos internos da Janssen, braço farmacêutico da Johnson & Johnson (atual Kenvue), que revelam algo grave: desde 2018, executivos sabiam que o Tylenol (acetaminofeno) poderia estar ligado a transtornos de desenvolvimento neurológico, incluindo o autismo.

Em um e-mail interno, Rachel Weinstein, diretora de epidemiologia da Janssen, escreveu: “The weight of the evidence is starting to feel heavy to me” — em tradução livre: “O peso das evidências está começando a ficar pesado demais para mim”.

Apesar disso, a empresa seguiu afirmando publicamente que “não há ciência credível” que comprove essa ligação.

Alertas ignorados

Desde 2008, funcionários e consumidores levantavam dúvidas:

• Em 2008, Andre Mann escreveu em correspondência interna: “Não há muita escolha a não ser considerar isso um sinal de segurança que precisa ser avaliado”.

• Em 2012, após alerta de um pai preocupado, registros internos foram marcados com a nota: “Caso isso vá para a imprensa”.

• Em 2014, as discussões já haviam chegado ao nível de executivos da Johnson & Johnson.

O que diz a ciência citada internamente

Estudos observacionais mostravam associação “relativamente consistente” entre o uso do acetaminofeno na gravidez e aumento de risco de autismo e TDAH.

A metanálises mencionadas pela própria Janssen reforçavam os sinais, mas a empresa optou por não avançar em novos estudos públicos para não “colocar o pescoço para fora”.

Ações judiciais em andamento

Atualmente, existe uma ação coletiva movida por famílias de crianças autistas contra a Johnson & Johnson/Kenvue, no Distrito Sul de Nova York.

A juíza responsável já chegou a arquivar parte do caso alegando que proibir o Tylenol em gestantes poderia causar “impacto de saúde pública”.

Os advogados das famílias afirmam que as mães têm direito de ser alertadas de forma clara sobre os riscos.

Trump estava certo em levantar a questão

As revelações dão ainda mais força às recentes declarações do presidente Donald Trump, que alertou sobre o uso do Tylenol em gestantes.

Enquanto a grande mídia tenta desqualificar as falas dele, os documentos internos mostram que a própria fabricante reconhecia sinais preocupantes.

Fonte: Vista Pátria