Polícia Federal apreende cofre e dinheiro vivo em sindicato do irmão de Lula

Polícia Federal apreende cofre e dinheiro vivo em sindicato do irmão de Lula

À ação integra uma nova fase da Operação Sem Desconto, que investiga descontos não autorizados em beneficios do INSS 

Uma operação da Polícia Federal deflagrada nesta quinta-feira, 9, apreendeu grande quantia em dinheiro na sede do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), no centro de São Paulo. O vice-presidente da entidade é José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

A ação integra uma nova fase da Operação Sem Desconto, que investiga descontos não autorizados em benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social. 

Os agentes encontraram o dinheiro em um cofre e recolheram computadores e celulares dos andares 3º,4º e 5º do prédio — onde funcionam, respectivamente, a empresa Esférica, da filha do expresidente João Inocentini, a cooperativa Coopernapi, ligada ao Sicoob e a presidência, comandada por Milton Baptista de Souza, o “Milton Cavalo”. 

Mandados também foram cumpridos na casa da coordenadora jurídica Tônia Galleti, que tem relação próxima com o ex-ministro da Previdência Carlos Lupi (PDTRJ). Ela relatou que o portão foi arrombado enquanto dormia. A PF apreendeu veículos, computadores e celulares no local. 

Além do sindicato do irmão de Lula: mandados de busca e apreensão em todo o Brasil 

Ao todo, a Polícia Federal cumpre 66 mandados de busca e apreensão em sete Estados e no Distrito Federal, autorizados pelo ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal. Foram apreendidos veículos de luxo — entre eles Porsche, Mini Cooper, Jeep, Volvo e uma moto Ducati —, além de cofres, armas e munições. 

A investigação inclui toda a diretoria do sindicato, com mandados nas residências de Milton Cavalo, Tônia Galleti, do diretor-tesoureiro Anísio Ferreira de Souza e da diretora de Administração Sônia Maria Pereira. Outro alvo foi Luiz Antônio Adriano da Silva, aliado do deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP) e desafeto político de Cavalo. 

Em nota, o Sindnapi afirmou ter sido surpreendido pela operação e negou irregularidades, dizendo que “comprovará a lisura e a legalidade de sua atuação, sempre em prol de seus associados”. 

Revista Oeste