Com medo da Magnitsky, Barroso antecipa aposentadoria

"-Eleição não se ganha, se toma." Saiba quem são os cotados para assumir a vaga.

Com medo da Magnitsky, Barroso antecipa aposentadoria

O ministro Luís Roberto Barroso, do STF, anunciou nesta quinta-feira, 9 de outubro, sua aposentadoria antecipada aos 67 anos, deixando a Corte após 12 anos. 

A decisão, comunicada em sessão plenária, abre vaga para indicação do presidente Lula. Barroso, que poderia ficar até 2033, citou "novos rumos" e negou relação com pressões políticas, mas sabe-se do seu temor em relação à Lei Magnitsky, que sancionou o ministro nos EUA por violações de direitos.

A fala polêmica

Em 2022, Barroso foi gravado sem saber, dizendo: "Eleição se ganha, se toma!". A frase, em reunião com juristas, foi vista como ativismo judicial, e gerou muita desconfiança sobre a lisura das apurações em período eleitoral.

Barroso teve também seu nome vinculado à agência americana USAID que enviou dinheiro para o Brasil no intuito de manipular a opinião pública.

A oposição, como Carlos Jordy (PL-RJ), ironiza: "Barroso foge da Magnitsky após manchar o STF".

Apesar que nada impede de Barroso ser sancionado pela Magnitsky, assim como os demais da primeira turma que votaram pela condenação de Bolsonaro.

Cotados para a vaga

Lula avalia nomes para a sucessão, com sabatina no Senado entre eles estão:

- Jorge Messias (AGU): Favorito, leal a Lula, ex-OAB-DF.

- Rodrigo Pacheco (PSD-MG): Ex-presidente do Senado, próximo a Gilmar Mendes.

- Bruno Dantas (TCU).

- Vinícius Carvalho (CGU).

Barroso sai com legado controverso e vergonhoso.